Partidos na ABI concluem: o caminho é chamar o povo às urnas e resolver a crise
O auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), com sede no centro do Rio de Janeiro, ficou lotado na noite da segunda-feira (21), no ato em defesa da convocação de novas eleições como único caminho para a superação da grave crise vivida pelo país atualmente. "Queremos ancorar a solução da crise no que há de mais legítimo na democracia, que é o sufrágio universal, a soberania popular", defendeu o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
"A crise só se resolve chamando o povo para decidir", acrescentou o senador. Ele lembrou que "há o caminho da cassação da chapa pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e há também a revogação popular que já tem até uma emenda constitucional neste sentido". "A saída da crise, sem traumas, é o vice-presidente convocar eleições em 60 dias em caso de vacância", afirmou o senador.
Participaram do ato, o vereador Jefferson Moura (Rede-RJ), o presidente do PPL-RJ, Irapuan Ramos, o ex-deputado Wladimir Palmeira (PSB-RJ), o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), o prefeito de Petrópolis e presidente interino do PSB-RJ, Jayme Bontempo (PSB), o senador Randolfe Rodrigues, a ex-senadora e vereadora de Maceió, Heloísa Helena, da Rede, o sociólogo Luiz Eduardo Soares e o professor Cândido Mendes. Cerca de duzentas pessoas participaram da manifestação em defesa de novas eleições.
O ex-deputado Wladimir Palmeira (PSB) também defendeu a iniciativa de convocação imediata de eleições para superar a grave crise que abala o país e disse que "os votos de Dilma Rouseff foram deslegitimados, pois nas eleições ela falou que não tinha crise e não precisava de ajuste fiscal". "Ela não teve coragem de fazer esse enfrentamento", "o atual Congresso não tem autoridade moral para conduzir o processo de impeachment".
Irapuan Ramos afirmou que o que está provocando a crise política e a queda do governo Dilma, é "a adesão por parte do governo à política neoliberal impostas ao país pelas potências econômicas". "A manutenção dos maiores juros do mundo, o desvio de R$ 501 bilhões do orçamento para alimentar a especulação financeira e a entrega de nosso patrimônio pelo governo afundaram a economia do país e provocaram uma brutal recessão", Ele alertou que o impeachment levaria Temer ao poder, o que significaria trocar seis por meia dúzia.  A única saída para a crise "é a convocação de eleições gerais já".
Já o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ex-governador de Brasília, avaliou os vários caminhos que podem ser trilhados para afastar a presidente, diante da atual crise. Depois de analisar com detalhes todas as alternativas, ele concluiu . "A convocação de eleições gerais resolveria tudo", disse o senador.
A ex-senadora Heloísa Helena (Rede-AL) disse que "há caminhos dentro da legalidade que podem levar às eleições diretas ainda esse ano". "É um argumento fraudulento, demagógico e repugnante dizer que existe golpe de um lado ou de outro. O que esperamos é entregar ao povo brasileiro a possibilidade de discutir e decidir o seu destino", afirmou a senadora. 
Os participantes do ato saíram convencidos de que a população brasileira deve ser convocada a se posicionar imediatamente diante da atual situação. Por isso, diversos outros atos como este, serão realizados por todo o Brasil nas próximas semanas  - JORNAL HORA DO POVO SP




Dia Internacional da Mulher



    É celebrado a 8 de Março. É um dia comemorativo para a celebração dos feitos econômicos, políticos e sociais alcançados pela mulher.
      A idéia da existência de um dia internacional da mulher foi inicialmente proposta na virada do século XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão econômica que levou aos protestos sobre as condições de trabalho. As mulheres empregadas em fábricas de vestuário e indústria têxtil foram protagonistas de um desses protestos em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, em que protestavam sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários.Este fato levou à uma versão distorcida dos fatos, misturando este evento com o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que também aconteceu em Nova Iorque, em 25 de março de 1911, onde morreram 146 trabalhadoras. Segundo esta versão, 129 trabalhadoras durante um protesto teriam sido trancadas e queimadas vivas.
      Muitos outros protestos se seguiram nos anos seguintes ao episódio de 8 de Março, destacando-se um outro em 1908, onde 15.000 mulheres marcharam sobre a cidade de Nova Iorque exigindo a redução de horário, melhores salários, e o direito ao voto. Assim, o primeiro Dia Internacional da Mulher observou-se a 28 de Fevereiro de 1909 nos Estados Unidos da América após uma declaração do Partido Socialista da América. Em 1910, a primeira conferência internacional sobre a mulher ocorreu em Copenhague, dirigida pela Internacional Socialista, e o Dia Internacional da Mulher foi estabelecido.
      No ano seguinte, esse dia foi celebrado por mais de um milhão de pessoas na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, no dia 19 de Março. No entanto, logo depois, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 140 costureiras; o número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Além disto, ocorreram também manifestações pela Paz em toda a Europa nas vésperas da Primeira Guerra Mundial. Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher serviram de estopim para a Revolução russa de 1917. Depois da Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo num dia oficial que, durante o período soviético permaneceu numa celebração da "heróica mulher trabalhadora".
      O dia permanece como feriado oficial na Rússia (bem como na Bielorrússia, Macedônia, Moldávia e Ucrânia). No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920, mas esmoreceu. Foi revitalizado pelo feminismo na década de 1960. Em 1975, designado como o Ano Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher.
      Ideologias e origens à parte, o importante é que o 8 de março simboliza um dia de conscientização e reflexão. Talvez chegue o dia que não seja necessário uma data para comemorar o dia das mulheres e sim que em todo o ano elas sejam reconhecidas, respeitadas e homenageadas!




1 milhão de alunos migram de escolas privadas para públicas

 A retração econômica causada pelo governo Dilma fez com que mais de 1 milhão de estudantes migrassem das escolas particulares do país para a rede pública desde 2015. Segundo a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), a rede privada perdeu 12% dos mais de 9 milhões de alunos que tinha em 2014, segundo o censo escolar.
Para Roberto Geraldo Dornas, presidente da Confenen, apesar de já terem sentido os efeitos da crise no ano passado, as famílias ainda optam por efetuar cortes em outras despesas no orçamento doméstico antes de decidirem pela troca de escola. “Quem coloca o filho na particular vê esse gasto como prioridade, um investimento. Por isso, tirar o filho da escola é a última alternativa”.
Foi o que aconteceu com a professora Pérola do Amaral, de 41 anos, que estava com dificuldade para pagar a mensalidade das duas filhas, de 7 e 11 anos de idade, desde o segundo semestre do ano passado. Em janeiro, o marido perdeu o emprego e a família soube de imediato o que era preciso fazer: transferir as meninas para a rede pública de ensino. “A gente gastava mais de R$ 1 mil por mês de mensalidade e ainda tinha despesa com material, uniforme, transporte e alimentação. No ano passado fizemos de tudo para mantê-las na escola, mas não deu para segurar”, disse a mãe. O marido conseguiu um novo emprego, mas com salário menor, por isso, voltar as meninas para rede privada ainda não é uma opção.
Segundo Dornas, no ano passado, a Confenen chegou a estimar que a rede privada poderia perder até 20% dos alunos, mas, segundo ele, as empresas fizeram um esforço adicional para negociar alternativas com as famílias. “As escolas sabiam que seria um ano difícil. A inflação está muito alta, houve aumento de luz, água, internet e seria impossível não repassar para as mensalidades”. 
FECHAMENTO DE SALAS 
O número de estudantes aumentou inclusive em São Paulo, onde o governo estadual argumentou uma sobra de vagas para fazer a sua “reorganização escolar”, que previa o fechamento de 193 escolas em todo o estado. Um levantamento da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo apontou que, apenas no ano passado, as redes estadual e municipal receberam 200 mil alunos que vieram das escolas particulares.
Outro levantamento, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), divulgado no último dia 25, revela que o número de salas de aulas que foram fechadas, apenas neste ano de 2016, na rede pública de todo o estado, chegou a 1.363. O que vem sendo chamado de “reorganização disfarçada” por professores e